Atenção!

Pelo fim dos aumentos salariais que os próprios parlamentares se concedem!



Gente, ajudem a si mesmos e as nossas futuras gerações. 
Sério, não custa nada e é muito rápido! 

Assinem essa petição ?

Até que ponto eu estou envolvida com as questões ambientais e de sustentabilidade?




Primeiramente coloco-me como cidadã, e por tanto uma atriz social integrante de uma megalópole. Minha com formação se dá de uma comunidade escolar básica, atualmente participante do universo acadêmico, em um curso voltado para formação de profissionais no eixo de gestão política e de promoção da saúde.

O conceito de sustentabilidade surge para enfrentar a crise ecológica causada pela urbanização da sociedade contemporânea. Hoje Porto Alegre, um dos grandes centros urbanos, enfrenta graves problemas sociais, entre eles a exclusão, a marginalização, as desigualdades econômicas, a baixa qualidade de vida, dificuldades de acesso à informação e educação. Estes são fatores agravantes na saúde da população que estão diretamente associados às questões ambientais, uma vez que tem impactos no meio ambiente através do uso destrutivo e abusivo dos limitados recursos naturais. É neste contexto que surge o “ecodesenvolvimento” para responder à necessidade de harmonia entre os processos ambientais e os de desenvolvimento.


O consumismo exagerado e a necessidade de desenvolvimento econômico para melhorar os níveis da qualidade de vida, infelizmente esta contribuindo para a degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema. A chamada “sociedade de risco” ultimamente enfrenta com frequência fenômenos devastadores como terremotos, enchentes, avalanches e tsunamis. Porém, há teorias de que estes são processos evolutivos naturais, por tanto sem intervenção humana. Contudo, as atuais catástrofes nucleares são graves acidentes de responsabilidade exclusiva humana. Também é evidente que a poluição e a falta de comprometimento social interferem de forma negativa nestes processos. Frente a esta problemática, torna-se fundamental uma mudança substancial do próprio processo civilizatório com controle demográfico, educação pedagógica que garanta condições de acesso às informações e fortalecimento de uma cidadania composta de atores sociais engajados, e não somente para um grupo restrito.

Com o surgimento da preocupação a respeito do aquecimento global, do efeito estufa e da destruição da camada de ozônio, as questões ambientais e de sustentabilidade começaram entrar em pauta de debates, a partir da Conferência de Estocolmo (1972), da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992), da Conferência da Intergovernamental sobre Educação Ambiental (EUA, 1992) e também na Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade, Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade em Tessalônica (Grécia, 1997). Embora exista grande preocupação ambiental, a sociedade tem o estereótipo de que as responsabilidades urbanas dependem somente da ação governamental. Sendo assim, a população mantêm-se passiva e culpabiliza as autoridades enquanto esquece o exercício da cidadania, que tem a ver com a identidade e o pertencimento a uma coletividade com direitos, deveres e obrigações. Logo, não preconizam o compromisso com a defesa do meio ambiente.



Neste sentido, a escola e a comunidade universitária interdisciplinar participam como instituições dinâmicas de educação ambiental com capacidade de compreender e articular os processos cognitivos aos contextos da vida. Desta forma, aproxima a realidade ao diálogo informado entre saberes, culturas, debate público e científico o que reforça um sentimento de co-responsabilização na fiscalização e no controle dos agentes de degradação ambiental. Assim, o aluno terá condições de analisar a natureza em um contexto entrelaçado de práticas sociais.

Paralelamente, as ONGs e as organizações comunitárias por movimentos ambientalistas têm auxiliado na luta pela conscientização da cidadania entre os desiguais com ênfase nos direitos sociais e nos impactos causados pelas condições de vida decorrentes da degradação socioambiental. Também contribui para ampliar a assimilação da sociedade no reforço de práticas centradas na sustentabilidade, por meio de uma conscientização e promoção ambiental busca-se mudança de comportamento e de hábitos cotidianos, transformação do conhecimento em práticas educativas num conjunto de atores tanto do universo educativo, como profissional e valorização de cooperativas, como a de catadores que realizam reciclagem (benefício econômico e ambiental).

Por último, o Poder público governamental numa gestão transparente, afirma políticas públicas minimizadoras ou preventivas a fim de reduzir impactos dos agravos no cotidiano urbano. O ideal seria que este, promovesse mais opções de transporte, planejasse o uso do solo, promovesse acesso igualitário aos serviços de saneamento e infra-estrutura básica, e também uma parceria entre a sociedade para administração correta dos dejetos e resíduos produzidos.

Concluindo, é preciso uma sociedade mais motivada e mobilizada, seja através das escolas, das universidades, das organizações, das cooperativas ou do poder publico.



Referências:

Jacobi, Pedro – Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade - Cadernos de Pesquisa, n. 118, março/ 2003. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/cp/n118/16834.pdf

Jacobi, Pedro – Meio Ambiente e Sustentabilidade - Desenvolvimento e Meio Ambiente - O MUNICÍPIO NO SÉCULO XXI: Cenários e Perspectivas. Disponível em http://michelonengenharia.com.br/downloads/Sutentabilidade.pdf

Tétano na 3ª idade


Reflexões a partir do artigo: 

"TÉTANO NA POPULAÇÃO GERIÁTRICA: PROBLEMÁTICA DA SAÚDE COLETIVA?" 

Este estudo tem como objetivo refletir sobre a situação do homem idoso, com relação ao tétano, dentro da perspectiva da Saúde Coletiva. Trata-se de Estudo de Caso realizado com dois pacientes idosos, do sexo masculino, portadores de tétano acidental, internados num hospital do município de Fortaleza. A coleta de dados se deu entre março e abril de 1998. A análise mostra a ausência de cobertura vacinal e da implantação da profilaxia de emergência. Os dois pacientes evoluíram para óbito confirmando alta mortalidade por tétano entre este grupo etário. A reflexão crítica aponta para urgência de abordagem de saúde coletiva.

Caso n.º 01

Histórico: Antônio, 77 anos, casado, residente em Fortaleza, foi admitido neste hospital, no dia 02/02/98, queixando-se de “dor na nuca”, sendo diagnosticado tétano acidental. A família revela que há 22 dias sofreu um tombo (caiu de cima da casa), tendo sido levado a um hospital de emergência nesta mesma cidade, onde foi feita rafia da lesão e estudo radiológico do crânio, o qual foi “normal”. A partir de então vem referindo dor na região da nuca com irradiação para o dorso, tem dificuldade para se alimentar, pois não consegue abrir a boca (trismo). Nega febre, vômitos e diarréia. Refere dor torácica, dificuldade para respirar e deambular. Nega tuberculose, asma, hipertensão arterial e diabetes. Refere cirurgia com enucleação do olho direito há 3 anos. Família não sabe informar história vacinal.

Evolução: Antônio deu entrada no hospital em cadeira de rodas, parcialmente orientado (dificuldade de orientação quanto ao tempo e espaço), eupnéico, moderadamente hipertônico, em hidratação venosa, referindo dor nos membros inferiores. Recebeu o esquema de soro antitetânico e a primeira dose da vacina, fez antibióticoterapia. Passou a apresentar quadros de intensas contraturas, permanecendo em isolamento sensorial e recebendo sedação de acordo com seu quadro clínico. Em 25/02/98 foi diagnosticado pneumonia, posteriormente apresentou quadro de dificuldade respiratória sendo conectado a um respirador artificial através de traqueostomia, em uso de nebulização contínua. Permaneceu com sonda vesical de demora até o dia 07/03/98. No dia 12/03/98, recebia nutrição parenteral total, hidratação venosa em veia periférica, usava coletor de urina, e abria os olhos ao ser estimulado. Evoluiu para óbito.

Caso n.º 02

Histórico: Cícero, 75 anos, casado, residente no interior do Ceará, foi admitido neste hospital no dia 08/03/98, queixando-se de dificuldade para abrir a boca, tendo como diagnósticos prováveis: tétano acidental, hipertensão arterial sistêmica ou acidente vascular cerebral. Há 15 dias sofreu queda da própria altura, após apresentar quadro suspeito de lipotímia, disto resultou ferimento lácero-contuso no supercílio esquerdo. Procurou o hospital da sua cidade, sendo realizada sutura. Ficou assintomático aproximadamente durante 72hs após o acidente,quando passou a apresentar dificuldade para abrir o lado esquerdo da boca, fechar o olho isolateral, associado a dificuldade progressiva para engolir e deambular. Procurou novamente o mesmo hospital sendo internado, recebendo hidratação venosa. É hipertenso e não sabe informar a medicação que faz uso. Vacinação anterior desconhecida.

Evolução: Na admissão Cícero apresentou dificuldade para deglutir e hipertonia do membro inferior direito. As crises contraturais fracas e espaçadas ocorreram à noite. No dia seguinte foi observado trismo e sangramento via oral de cor “vermelho vivo”. Fez uso de sonda nasogástrica quando apresentou secreção abundante, purulenta, espumosa e fétida, sendo aspirado várias vezes. Foi realizado tomografia computadorizada de crânio que mostrou acidente vascular cerebral isquêmico frontal à esquerda. Continuou apresentando crises contraturais que se exacerbavam durante as aspirações endotraqueais, foi entubado, instalada nebulização contínua e sonda vesical de demora. Permaneceu estável até 15/03/98 quando recuperou a percepção dolorosa, apresentou edema na região parotídea direita e membros inferiores. Em 17/03/98 respirava com rápidos espaços de apnéia, continuava apresentando contraturas ao manuseio e secreção endotraqueal. Em 20/03/98 foi instalado respiração mecânica, apresentando apnéia durante aerosolterapia, realizada dissecção de veia na região inguinal. Continuou apresentando crises contraturais e em 25/03/98 o quadro permanecia estável e foi realizada traqueostomia. No dia seguinte encontrava-se comatoso, traqueostomizado, em uso de respirador, em nebulização contínua pois apresentava secreções espessas e com tampões; ao ser aspirado, apresentava leve dispnéia mas respirando espontaneamente, as crises contraturais aumentando de intensidade e freqüência. Evoluiu para óbito no dia 30/03/98, por falência generalizada nos sistemas.

 Pagliuca LMF, Feitoza AR, Feijão AR. Tétano na população geriátrica: problemática da saúde coletiva? Rev Latino-am Enfermagem 2001 novembro-dezembro; 9(6):69-75



Mas a final, o que é Tétano?

É uma doença grave que frequentemente pode levar à morte, causada por uma bactéria chamada Clostridium tetani presente no meio ambiente. É uma doença de notificação compulsória, sua profilaxia se dá através da vacinação. A doença atinge o Sistema Nervoso Central (SNC) após entrar na corrente sanguínea. Para adquirir o Bacilo Clostridium Tetani é necessário uma porta de entrada, um ferimento. A infecção começa a manifestar-se mais gravemente quando o indivíduo não possui histórico vacinal e a ferida localiza-se próximo ao SNC apresentando contraturas espasmáticas musculares, trismo, a chamada “Mandíbula Trincada” caracterizada pela dificuldade de abrir a boca e deglutição. Rigidez e saliência dos músculos abdominais e diminuição dos movimentos respiratórios agravam para uma falência do sistema, por isso a importância da ventilação mecânica, há casos em que pacientes já acamados, encontram-se na posição de opistótono (indivíduo apóia-se somente sobre a cabeça e os calcanhares), característico da doença.


Contudo, o programa de vacinação prioriza gestantes com intuito de imunizar as crianças, que por consequência também beneficia as mulheres, assim como os trabalhadores inclusos no grupo de risco, como os da construção civil. Desta forma, explica-se o grande sucesso da estratégia dos gestores em saúde na de prevenção do Tétano Neonatal, no qual vem apresentando bons resultados.


Porém, a cobertura vacinal não atinge a população idosa tornando-se vulneráveis, uma vez que estão mais propensos a acidentes causados pela perda da capacidade motora e da sensibilidade, também pela diminuição da resposta imune. Logo, a contração da doença geralmente acontece por acidentes em ambiente domiciliar. Mas apesar das mobilizações, iniciadas em 1999 pelo Ministério da Saúde, em defesa da saúde do idoso e campanhas de vacinação direcionadas a este grupo, existem problemas que condicionam o alto índice de letalidade pelo tétano em idosos, como por exemplo, os indivíduos com esquema vacinal desatualizado ou sem Carteira de Vacinação, o desconhecimento deste direito, a resistência a receber a vacina, a dificuldade de acesso aos locais de vacinação e as próprias limitações físicas da idade. 

Sendo assim, com o aumento da expectativa de vida e das novas situações de demanda é fundamental a criação de políticas publicas direcionadas a este publico visando a diminuição de mortes causadas pelo tétano e prevenção, já que o tétano é uma doença evitável.




Se essa rua fosse minha, eu mandava ladrilhar com pedrinhas de brilhante... ♪


Apresentação de Fotos de Indicadores Sociais na UPP de Vigilância Epidemiológica na aula administrada pela professora Stela Meneghel do 2º Semestre de 2011

Estas fotos realizadas, por mim em uma visita à Unidade Básica Barão de Bagé, localizado no bairro Vila Jardim juntamente com uma turma de estudantes de téc. em enfermagem no ano de 2009




É possível notar a precariedade das ruas em que os moradores residem. Por outro lado, o contraste de residências como esta, na qual ficam muito próximas das que necessitam de saneamento.




Os moradores que frequentavam a UBS eram aqueles que estavam em estado de vulnerabilidade, morando em situação precária. O acesso à esta população era difícil, já que deveríamos passar por vielas, logo em caso de intercorrência não havia possibilidade de entrar uma ambulância no local.




O ambiente era extremamente fétido, devido ao esgoto a céu aberto que corria entre as casas. Os moradores já haviam acostumado com o odor, portanto não se importavam com a falta de saneamento, visto que muitos andavam de pés descalços, inclusive crianças.





Contraste maior era com o templo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, ou templos dos mormons de Porto Alegre.
(Localizado ao lado da UBS)




 Lugar "discreto" que não permite a entrada de outros, esbanjava riqueza com obras de arte valiosissímas, acesso aos membros através de helicoptero e com um jardim imenso.


... nessa rua tem um bosque que se chama solidão... ♪

Pequena reflexão sobre comerciais na prevenção da AIDS

Campanha para prevenção da AIDS e incentivo do uso de preservativo nas relações sexuais, ressaltando de forma agressiva através de uma arma de fogo: "quem transa sem camisinha morre".






Já este outro vídeo de forma bem humorada através de desenhos, incentiva o uso do preservativo em relações sexuais.




Qual atingiu você ?  
Qual você prefere ?



Educação para saúde não pode ser baseada na ameaça, no medo ou na culpabilizando dos indivíduos por adquirir uma doença. E sim, chamar atenção do público para refletir a importância do uso do preservativo e da prevenção da doença. Uma vez que, hoje em dia é possível ter uma vida normal sendo portador do vírus HIV, ao contrário do primeiro vídeo em que os indivíduos são mortos de forma agressiva, como se merecessem por ter mantido relações sexuais sem preservativo.



Um pouco de Música




Autor: Cazuza - Música: Brasil

Agenor de Miranda Araújo Neto um carioca, nascido em abril de 1958. Mais conhecido como Cazuza foi um dos maiores compositores da música brasileira, conhecido por sua rebeldia, era um grande boêmio polêmico, pois declarou ser homossexual e portador do vírus HIV (AIDS) dois grandes tabus até hoje em nossa sociedade. Infelizmente morreu em julho dos anos 90, logo não tive a oportunidade de vivenciar sua gloriosa  época. Em contra partida, Cazuza nos deixou um grande legado musical com letras super atuais, que particularmente me emocionam cada vez que as escuto, entre ela Brasil!

Participação Social


A democracia é uma conquista do povo, construída com a participação popular!

Honestamente esta imagem é de grande reflexão. Em um primeiro momento me indignei, pois o Brasil tem um passado recente de grande repressão e ditadura militar, onde este jovem não poderia, ao menos estar com este cartaz, uma vez que era proibida quaisquer manifestações, contestações ou participação social. Por tanto, se este rapaz está expressando sua opinião através deste cartaz, é porque houve luta popular com muito sangue, mortes e torturas que deixaram cicatrizes sofridas até hoje. Creio que essa nova geração não tem o mesmo espírito de luta e sede de revolução.

Por outro lado, penso: Será que o trabalhador, aquele que batalha todo dia para ter o que comer, tem tempo para "ser revolucionário" ? Sabe-se que quanto maior a instrução e conhecimento, maior é o poder que detêm o cidadão. Em uma sociedade que enfrenta graves problemas com a educação básica e um ensino superior frágil, e que por consequência gera uma massa trabalhadora desqualificada que realizam  serviços braçais desvalorizados, exigir que os mesmos sejam revolucionários de "barriga vazia" realmente se torna difícil. Planejar e executar uma estratégia de mudança radical dos modelos pré-estabelecidos, buscar uma evolução do sistema e transformação do sujeito não é tarefa fácil.

Seguindo esta lógica, o acesso das camadas populares da sociedade ao ensino superior é restrito. Além do baixo nível de escolaridade que dificulta o ingresso à uma universidade pública, as particulares são muito caras tornando o ensino uma forma de comercio lucrativo. Sem contar os horários de aula que inviabilizam o aluno de trabalhar. Desta forma, apenas "sobrevive" no universo acadêmico aqueles em que o "pápi paga tudo" e por isso tem tempo para ser revolucionário.


Qual a ligação da Educação com a Saúde ?




Este vídeo ilustra a história da educação no país, a partir disso me questiono: qual a relação com a história da saúde ? Cheguei em algumas conclusões:

A educação em saúde é um campo muito vasto e delicado, visto que o próprio conceito de saúde é amplo e muito particular. No ambiente acadêmico é necessário a formação de profissionais que compreendam a importância de haver uma educação popular, diferente da educação tradicional verticalizada. Para isto, é fundamental um método pedagógico radical nas instituições formadoras de profissionais da saúde, onde ainda há dificuldade por parte dos alunos na compreensão, reflexão e interpretação da leitura. Ainda são vários os fatores que explicam as causas para esta deficiência, como as fragilidades do sistema educacional do país, a formação dos professores, a débil cultura dos alunos, o baixo índice de leitura no país e poucas bibliotecas públicas resultam no baixo alcance das políticas publicas sobre a população.


Não são apenas as inúmeras dificuldades na educação no país por falta de investimentos das autoridades, mas a mídia também tem uma parcela grande de responsabilidade com a informação e indiretamente com a educação. Porém, a mídia apresenta frágeis estruturas narrativas além de distorcer a relação de tempo e criar versões da realidade, com isso dificulta a percepção crítica do mundo por não estabelecer as necessárias conexões entre os fatos presentes com suas causas e conseqüências, como se não bastasse, por muitas vezes são colocados trechos nos livros didáticos. Ou seja, o acesso a informação tornou-se uma mercadoria e o conhecimento comprometido pelas informações errôneas e superficiais sem nenhum comprometimento social.



Por que Saúde Coletiva ?


Bom... Escolhi este curso novo, Análise de Políticas e Sistemas de Saúde - Bacharelado em Saúde Coletiva, com uma proposta revolucionadora da saúde como minha primeira graduação. Antes um curso de pós-graduação dos cursos de saúde, surgiu a necessidade de um curso próprio como graduação para formação de Sanitaristas. Visto as dificuldades que a saúde enfrenta, em especial a saúde pública é fundamental a formação de profissionais qualificados para atuar com eficiência e eficácia nos sistemas de saúde e na consolidação do Sistema Único de Saúde, o nosso SUS.

Aos 16 anos quando iniciei o curso técnico em enfermagem, obtive meu primeiro contato como estudante com o universo complexo da saúde. Neste curso existem conteúdos específicos, um deles é a Saúde Coletiva voltado à formação de profissionais de nível técnico assistencial. De forma muito superficial, neste curso estuda-se o contexto histórico da Revolução Sanitária e das Políticas Públicas em Saúde, e em uma apresentação de um seminário a respeito das políticas de saúde da mulher questionei a deficiência do próprio sistema em atingir a população, também a falta de promoção em saúde adequada para as demandas sociais, em especial à saúde do homem, aos indivíduos com relações homoafetivas, à gravidez indesejada e  as doenças sexualmente transmissíveis na adolescência. A partir desta discussão, percebi a necessidade da formação de profissionais que atuem em um Estado laico de fato, que trabalhem em prol do SUS de maneira imparcial respeitando a diversidade com máximo de alteridade.

Foi neste contexto que me interessei em transformar a realidade dos profissionais em saúde que ao invés de promover saúde, regridem esta construção social. E a mudança só ocorre com uma nova forma de gestão participativa e atenta as reais necessidades da população. Assim, escolhi fazer Saúde Coletiva!